quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Encontro: Da Autonomia Operária ao Antagonismo Difuso

Encontro: Da Autonomia Operária ao Antagonismo Difuso realizado nos dias 10 e 11 de junho de 2000 CSO La Lokería, Pl. Espanyola, Hospitalet (Barcelona) Barcelona, Espanha De la Autonomía Obrera al Antagonismo Difuso - http://www.sindominio.net/jao/ A realização de um encontro sobre a Autonomia Operária, sobre sua história e seu significado político atual, responde a varias razões. A primeira delas é a necessidade de salvar uma certa memória do que foi a luta de classes. Não somos adoradores da memória histórica mas às vezes chega um momento em que convém esclarecer algumas coisas. Por exemplo, frente à história da luta antifranquista que se explica, quantos sabem que Comisiones Obreras era uma organização autônoma e não o futuro sindicato do PC? E assim poderíamos acrescentar mais e mais exemplos. Mas há uma segunda razão. Junto a essas deformações interessadas que apresentam a história como siglas combatendo entre si, que fazem do rei um personagem chave..., houve autênticos movimentos autônomos protagonizados por milhares de trabalhadores que não queriam uma saída capitalista da crise do franquismo. Estes movimentos, expressão da autonomia operária, não devem ser confundidos em nenhum momento com as ações de alguns comandos autônomos, nem com a CNT (que ainda não existia verdadeiramente), nem com a luta armada. Na desorientação atual há pessoas que, rejeitando o que há, acodem à autonomia operária como se ela fosse um balão de oxigênio. O que era um fenômeno complexo e rico se fecha então num abecedário simplório: anticapitalismo + autogestão + ação direta + autonomia... evidentemente dirigido para destruir o Estado faltaria mais! Desta maneira se constrói uma ideologia (ideologia significa "falsa consciência") que dá segurança, dá sentido a vida e permite ir levando. No movimento okupa ocorreu algo parecido. Na realidade, os autênticos problemas que hoje nos surgem ficam assim acultos. Este encontro não quer pontificar sobre o que é ou não é a Autonomia Operária. Evidentemente essa questão só interessa a aprendizes de burocrata que desejam construir uma identidade para seu pequeno grupúsculo. Não. Organizando este encontro unicamente queremos voltar a pensar nossa atualidade, mas queremos fazê-lo coletivamente e tendo em conta as categorias e as experiências do movimento autônomo. Por quê? Porque ainda acreditamos que este é o melhor ponto de partida para sermos capazes de enfrentar essa realidade impenetrável com a qual nos chocamos dia a dia. Por essa razão poderíamos dizer que o Encontro está organizado em duas partes: (História) e (Atualidade) unidas por uma ponte (Balanço). A primeira parte não é acessória e responde a vontade expressa de apresentar um fragmento de nossa história que se tentou apagar e manipular. Por isso realizamos um dossiê que posteriormente será publicado como livro. Com as perguntas da segunda parte pensamos ser possível introduzir uma discussão mais geral. Deve-se evitar, acima de tudo, cair numa espécie de gaveta de alfaiate em que se incluiriam as experiências particulares de cada coletivo. Evidentemente, não porque seriam irrelevantes, mas porque trata-se mais precisamente de construir uma perspectiva comum... essa perpectiva que recolhe o que nos é ainda comum apesar da fragmentação a que nossas vidas estão submetidas. Da Autonomia Operária ao Antagonismo Difuso Sexta-feira 9 de junho 21:00h - Festa de boas vindas em /Aurora 23 bajos (metro Sant Antoni L2) Sábado 10 de junho (todas as intervenções serão a cargo de pessoas que participaram nas experiências descritas) às 10:00h 1) Introdução histórico-social ao movimento da Autonomia Operária. 2) Conceitos da Autonomia Operária. Debate. 3) Experiências da Autonomia Operária. - Vitória-País Basco. - O porto de Barcelona. - Experiência da autonomia organizada e CNT -almoço- à 16:00h Da Autonomia Operária na Itália aos Centros Sociais Debate. Domingo 11 de junho às 10:00h Preâmbulo: Fim da centralização operária. Leituras e hipóteses diversas. Seguidamente: Discussão de todos os participantes entorno das seguintes questões: Certo balanço: 1) Quais conceitos da A.O. se mantém, exigem sua trasnformação ou deve ser abandonados? 2) Tem hoje alguma função a antiga pesquisa operária? Deve-se pensar em algum outro tipo de pesquisa ou simplesmente abandoná-la? Acerca do antagonismo difuso: 1) A palavra antagonismo serve para descrever os processos sociais que não parecem apoiar nem reforçar o poder? 2) Admitindo-se a existência de uma resistência difusa, pode esta adotar a forma de ação coletiva autoorganizada? 3) Quando o horizonte emancipatório se apaga pode-se ir além de uma prática subversivo-lúdica mais ou menos provocativa? Os encontros acontecerão no CSO La Lokería, plaza Espanyola, Hospitalet (Barcelona). Metro Collblanc (L5) e La Torrassa (L1). Se for possível, sobretudo se virdes de fora de Barcelona, confirme a presença. tel. 93 441 80 29 e-mail: ofic2004@sindominio.net

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